No mês de março o projeto “Cine Psiquiatria” exibiu o filme “A Pequena Miss Sunshine”, tendo como mediadora a médica-residente R2 Dra. Nicole Nunes. Trata-se de uma produção norte-americano de 2006 dirigida pelo casal Jonathan Dayton e Valerie Faris que nos propicia um estudo detalhado sobre a dinâmica de uma família. A película enfatiza a questão da individualização das pessoas que compõem a família e dividem o mesmo ambiente, são preocupados com o sustento, no que diz respeito à situação financeira, todavia é visível o desinteresse de cada integrante deste núcleo familiar no tocante a implicar-se com os problemas, angústias e sofrimentos do outro dentro do ambiente familiar. Tal fato aparece de modo sintomático na medida em que a família é apresentada aos observadores de modo individual, cada um com o seu nome, unicamente com o seu primeiro nome, e envolvido em seus sofrimentos psíquicos e interesses pessoais.
O filme também traz uma crítica ao culto à beleza, aos estigmas de vencedores e perdedores, sugerindo que a vida não é um concurso permanente. A vida é fracassar, perder, cair, e, por fim, levantar-se para novamente empurrar aquela velha kombi no caminho certo, como bem observado pelo vovô na frase “O verdadeiro fracassado não é alguém que não vence.O verdadeiro fracassado é aquele que tem tanto medo de não vencer que não chega a tentar”.
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