De 8 a 11 de maio realizou-se em Atibaia (SP) o 27.° Congresso de Presidentes, Provedores, Diretores e Administradores Hospitalares de Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo, promovido pela Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp).
As atividades desenvolvidas incluíram diversos fóruns técnicos, concebidos para ampliar o conhecimento técnico dos participantes, inclusive com a apresentação de casos destinada a servir de base para auxiliar na tomada de decisão em serviços de saúde. Camila Silva Marques e Luísa Helena Martelli Menezes, da equipe de coordenadores do Instituto Bairral, participaram no dia 8 do fórum “Gestão de Finanças e Custos”.
Dentre as palestras por elas presenciadas destacou-se um “case” de sucesso trazido pelo médico Dr. Guilherme Aquino, da Santa Casa de Belo Horizonte (MG), o qual narrou a criação de um centro regulador de internações com equipe multiprofissional e estrutura emergencial que aumentou a qualidade dos atendimentos e promoveu redução de custos. Essa Santa Casa é o maior hospital em número de leitos SUS do Brasil (1.086, sendo 170 leitos de UTI), atendendo várias especialidades.
Em palestra referente a custos, o palestrante Marcelo Carnielo, diretor técnico da empresa Planisa, falou sobre a precificação dos serviços hospitalares, enfatizando que nos dias de hoje é importante saber o preço que está sendo praticado pela concorrência para adequar o próprio custo e chegar a um preço competitivo.
O prof. Vincent Dubois, da Fundação Dom Cabral, focalizou a importância do planejamento estratégico e acentuou que mesmo os hospitais filantrópicos precisam ganhar dinheiro para garantir qualidade no serviço prestado e principalmente para sua sobrevivência. Deixou a frase “Planejar é contar uma história… para frente” como uma provocação para os presentes, já que a grande maioria dos hospitais não tem um planejamento. “É preciso ter clareza do que fazer e do que NÃO fazer daqui a 5 anos”, frisou Dubois.
Outras palestras proferidas trouxeram conteúdos muito significativos para a gestão dos hospitais, abordando temas como: “A internet das coisas e seus reflexos nas organizações de saúde”; “Maturidade de gestão hospitalar e transformação digital – Os novos caminhos da Saúde”; “Growth Hacking: uma nova forma de pensar”; “Novas oportunidades de receitas para entidades filantrópicas” e “Captação de recursos e gestão por processos”. Todas trouxeram uma nova perspectiva para as organizações de saúde e também mostraram uma nova postura que precisará ser adotada para permanecer no mercado e enfrentar seus desafios.
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