O filme “Adam”, de 2009, foi o pano de fundo para uma discussão mediada pelo Dr. Arthur Cardoso (médico psiquiatra do Instituto Bairral) no Cine Psiquiatria do mês de fevereiro, evento organizado pelo Centro de Estudos Psiquiátricos Américo Bairral (Cepab). Essa produção cinematográfica retrata a vida de um jovem adulto que acaba de perder o pai, vive sozinho e é portador de uma síndrome do espectro autista.
Os presentes à exibição discutiram os sintomas observados no caso em questão que contribuem para a formulação do diagnóstico, tais como déficits de interação social, padrões de comportamento restritos (por exemplo, a alimentação) e estereotipados, porém sem atrasos significativos na linguagem e no desenvolvimento cognitivo dos portadores. Adam, interpretado pelo ator Hugh Dancy, comenta ao longo do enredo que possui “cegueira mental” desde criança, e por isso não consegue entender o ponto de vista ou os sentimentos das outras pessoas ou quando elas estão fazendo uma piada, por exemplo. À medida que foi crescendo, teve que aprender a perguntar o que os outros estão pensando para melhor compreendê-los. Além disto, discutiu-se o impacto da doença na vida do indivíduo afetado e as relações sociais e amorosas, bem como as formas de tratamento.
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