O tabagismo é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como doença epidêmica que causa dependência física, psicológica e comportamental. Trata-se de um problema de saúde pública global que mata milhares de pessoas em todo o mundo.
No dia 31 de maio, Dia Mundial sem Tabaco, foi ministrada pelo enfermeiro Marílton Silva uma palestra sobre tabagismo para os pacientes dos setores 1º, 2.°, 3.° e 4.° Andares Masculinos (Prédio Central – Serviço SUS) e da unidade externa Estância. O palestrante destacou o papel que a publicidade exerceu e exerce na adoção do consumo de derivados do tabaco, especialmente cigarro, algo também estimulado pelos pais ou responsáveis, parentes, professores, ídolos e amigos que exercem uma grande influência quando fazem uso.
O foco principal de sua fala consistiu nos prejuízos que o tabaco causa ao dependente. De acordo com a OMS, é a principal causa de morte evitável em todo o mundo, sendo responsável por 63% dos óbitos relacionados às doenças crônicas não transmissíveis. Dessas, o tabagismo é responsável por 85% das mortes por doença pulmonar crônica (bronquite e enfisema), 30% por diversos tipos de câncer, 25% por doença coronariana (angina e infarto) e 25% por doenças cerebrovasculares (acidente vascular cerebral). Além de estar associado às doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo também é um fator importante de risco para o desenvolvimento de outras doenças, tais como tuberculose, infecções respiratórias, úlcera gastrintestinal, impotência sexual, infertilidade em mulheres e homens, osteoporose e catarata, entre outras.
Fumar é um comportamento extremamente reforçado diariamente. A abordagem com base no modelo cognitivo comportamental é a técnica recomendada para o tratamento do tabagista, tendo como premissa básica o entendimento de que o ato de fumar é um comportamento aprendido, desencadeado e mantido por determinadas situações e emoções, que leva à dependência devido às propriedades psicoativas da nicotina. O tratamento objetiva, portanto, a aprendizagem de um novo comportamento, por meio da promoção de mudanças nas crenças e desconstrução de vinculações comportamentais com o ato de fumar, combinando intervenções cognitivas com treinamento de habilidades comportamentais.
A palestra foi concluída com depoimentos de três pacientes do 4° Andar Feminino do Prédio Central que fumaram por mais de quinze anos, uma das quais gestante, e que pararam de fumar dentro de nossa instituição. Tal feito foi possível devido à participação destas pacientes em grupos; sendo assim, todos os pacientes tabagistas foram estimulados a trilhar este mesmo caminho, que pode dar certo!
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