O mundo vem sofrendo transformações diárias. Com o avanço da tecnologia podemos perceber um aceleramento das informações e uma mudança no perfil da sociedade em relação aos comportamentos das pessoas. O impacto dessa mudança pode ser percebido de forma positiva, como também negativa. Um dos impactos negativos que vem preocupando a sociedade em geral é o crescente número de usuários de substâncias psicoativas: crianças, jovens, mulheres e idosos fazem uso de substâncias que alteram o sistema nervoso central, afetando o indivíduo no seu desenvolvimento e nas suas relações.
Nesse contexto, o XXIV Congresso da Associação Brasileira para o Estudo do Álcool e Outras Drogas (Abead), realizado em Gramado (RS) de 13 a 16 de setembro, do qual esteve participando Wanessa Maria de Oliveira, assistente social do Instituto Bairral, veio a discutir com uma equipe de profissionais nacionais e internacionais experiências e estudos que envolvem o entendimento dessa nova realidade do uso de drogas, como também o indivíduo nesse contexto, as novas drogas, os tratamentos, as políticas públicas brasileiras existentes e os desafios a serem superados, no sentido de entender o ser humano nessa transitoriedade e na sua busca por respostas e prazeres imediatos.
A mídia também teve o seu destaque, já que produz opiniões, comportamentos e modismos que invadem as residências das famílias sem que elas saiam de suas casas; drogas sintéticas, cigarros eletrônicos, champanhe para crianças e cerveja para cachorros são exemplos da sociedade do século XXI.
O que fica desse encontro é a ausência de respostas, já que o principal envolvido nessa história é o ser humano, e estudar o impacto das drogas na sociedade não dá lucro, diferente de apoiar grandes empresas que dominam o mercado mundial como as de cerveja, por exemplo. Essa ausência não significa que tal problemática não tem solução; pelo contrário, significa que todos os profissionais da área têm um longo caminho pela frente no enfrentamento dessa questão social.
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