Avaliação cognitiva breve de pacientes psicogeriatricos

O setor Estância do Instituto Bairral de Psiquiatria acolhe pacientes psicogeriátricos e utiliza como uma de suas ferramentas de abordagem diagnóstica a Avaliação Cognitiva Breve.

A avaliação neuropsicológica utiliza procedimentos empiricamente definidos, para trazer a objetividade necessária ao diagnóstico na prática clínica. Sendo que esta prática, não enquadra apenas testagem específica para cada circunstância, visando quantificar resultados, mas leva em conta o histórico de vida e clínico do paciente e sua funcionalidade no momento do teste.

As baterias neuropsicológicas constituem-se em sequências de testes que avaliam o comportamento e a cognição. São importantes para o estabelecimento de perfil cognitivo basal antes, durante e depois de tratamentos, bem como colaboram para o diagnóstico diferencial em condições que envolvam prejuízo cognitivo.

Atualmente, os estudos de neuropsicologia do envelhecimento estão mais direcionados a definir os limites dos estágios pré-clínicos da demência e distingui-los de outras condições decorrentes do envelhecimento, bem como aspectos neurológicos. Com isso, há a possibilidade de diagnósticos mais aguçados e uma intervenção terapêutica precoce a fim de retardar a progressão da doença.

Utilizamos um conjunto de testes de rastreio padronizados, escolhidos devido à alta sensibilidade para detectar ocorrências de alteração cognitiva. Os pacientes são inicialmente submetidos ao mini-exame do estado mental (MEEM) para avaliação cognitiva global, teste de extensão de dígitos em ordem direta e inversa, que avalia a atenção e memória operacional. Posteriormente, é aplicado o teste de memória de figuras que avalia a memoria episódica, reconhecimento. Outros dois testes são aplicados: fluência verbal categórica que avalia linguagem, memória semântica e funções executivas, e desenho do relógio, para funções executivas e habilidade visual-construtiva. Se há indicação para avaliação de quadros de humor, como depressão e ansiedade, são aplicadas as escalas GDS-30 e a HAD-A.

Essa avaliação associada a pratica clinica, psicopatologia, mais os exames de imagem cerebral se complementam para melhor elucidar a hipótese diagnostica, o tratamento e o prognostico. Podemos com isso, informar os familiares de forma mais minuciosa em relação à evolução da doença e as abordagens a serem instituídas para melhor adesão ao tratamento e melhor qualidade de vida.

Setor Estância
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