O Instituto Bairral de Psiquiatria realizou em 22 de novembro seu XXV Simpósio, com o tema “Psiquiatria da Infância e Adolescência: a Psiquiatria do Futuro”. Foram registradas 741 inscrições, um público recorde dentre os simpósios já realizados. Desde o início da jornada o evento já mostrou seu diferencial, com a exibição de desenhos feitos por estudantes de 6 a 17 anos das redes de ensino pública e particular da cidade de Itapira sobre o tema “Alegria e Tristeza”, que ficaram expostos ao longo do dia. Ocorreu ainda a exibição de um vídeo motivacional que conseguiu traduzir a temática do dia, sensibilizando os presentes.
As palestras apresentadas foram: “Epidemiologia e desenvolvimento: a importância da psicopatologia infantil”, ministrada por Luís Augusto Paim Rohde; “O neurodesenvolvimento e seus desvios de trajetória”, por Guilherme Vanoni Polanczyk; “Inibição e sintomas emocionais: o caminho para a ansiedade”, por Mauro Victor de Medeiros Filho; “Agressividade e confronto: o caminho para sintomas disruptivos”, por Taís Moriyama; “Geração Digital e seu desenvolvimento”, por Cristiano Nabuco de Abreu; e “Álcool e drogas: as populações de risco durante a infância”, por Sandra Scivoletto.
A capacidade profissional e o domínio dos temas pelos palestrantes mantiveram a plateia atenta, disposta e engajada até o final das apresentações. Muitas perguntas foram encaminhadas aos palestrantes, o que demonstrou interesse pelas apresentações, além de uma maior preocupação em conhecer um assunto de grande atualidade e que mobiliza principalmente profissionais das áreas da saúde e educação.
Destacamos a linguagem clara, objetiva e de fácil compreensão dos palestrantes, as associações feitas entre os temas abordados e a disponibilidade em esclarecer as dúvidas que surgiram. Além disso, os dados apresentados foram baseados em pesquisas atuais, com realce para a importância de conhecer as psicopatologias da infância para poder intervir com o objetivo de evitar um prognóstico negativo. Foram enfatizados também a influência da mídia e internet nos comportamentos e sintomas que as crianças e jovens vêm apresentando atualmente, o impacto negativo e as consequências do uso de substâncias psicoativas por populações muito jovens, o papel da família, etc. Temas como os fatores de risco e de proteção, além do tratamento indicado para lidar com as psicopatologias da infância e adolescência, também foram amplamente abordados e ajudaram a elucidar a maior angústia de educadores e profissionais da saúde: o que fazer diante da criança que manifesta sintomas de adoecimento mental.
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